Guias Presencias e Guiamento virtual – O que INDICO e o que NÃO INDICO

Minha amiga, Meu Amigo,

Preciso iniciar este blogpost com algumas considerações fundamentais:

  • Eu, com o Ponto Orlando, não ofereço qualquer serviço semelhante aos que serão comentados aqui.
  • Eu respeito, apoio e aprecio o trabalho árduo de muita gente e, de forma alguma, estou pretendendo afetar o trabalho de quem é sério e que respeita as normas que regem as experiências aqui na Flórida e nos parques aqui instalados.
  • O intuito deste post é de informar e não é de criar polêmicas.
  • Por fim, eu sempre destaco normas e leis, e a importância de segui-las, por conta de um único motivo: somente essas normas e leis podem defender você, consumidor de serviços de viagem.

 

Vamos começar…

Guias Presenciais nos Parques – O que pode e o que não pode…

 

Muita gente me pede a indicação de serviços de Guias Presenciais nos parques Disney e Universal. Inevitavelmente, minha resposta é a mesma para ambos os casos: só posso indicar os serviços de Guias VIP oferecidos pelas próprias empresas (Disney e Universal), pois os serviços de terceiros não são autorizados pelos parques!

As únicas exceções são os guias de grupos e excursões previamente autorizados pela Disney e guias ligados a algumas delegações oficiais (situação mais rara).

A Disney deixa essa regra muito clara nas Regras Gerais da Walt Disney World (que você pode conferir clicando AQUI), logo no primeiro item das Atividades Proibidas: “A venda de bens ou serviços, ou a exibição de bens ou serviços, a menos que tenha sido obtida aprovação prévia por escrito.

Importante: a Disney não autoriza nem credencia indivíduos ou empresas terceiras a exercer, dentro dos parques, presencialmente ou virtualmente, a atividade de guia. Tirando as duas situações destacadas acima (guias/coordenadores de grupos de excursões e guias de delegações oficiais), não existem guias autorizados pela Disney ou pela Universal.

Se existiam dúvidas sobre a efetividade dessa regra, desde novembro de 2023, a Disney intensificou as ações contra guias de terceiros, resultando no banimento (expulsão) vitalício ou temporário de muitos indivíduos e empresas. A imprensa fez uma vasta cobertura do assunto – você pode ler um artigo do The Washington Post clicando AQUI, ou da revista INC.COM clicando AQUI.

Há um controle rigoroso – pois esses guias, com suas múltiplas entradas nos parques, começam a ser facilmente identificados pelas equipes de segurança. Basta a Disney decidir, e o banimento acontece rapidamente. Sabendo que esses serviços costumam cobrar valores elevados, eu nunca recomendaria você correr esse risco.

Mas sim, existe a opção dos serviços VIP oferecidos por cada parque – e são muito interessantes, pois, em cada caso, permitem que o grupo tenha acesso direto aos sistemas de filas rápidas das atrações.

  • No caso da Disney, o serviço chama-se Disney Private VIP Tours, custa entre US$ 450 e US$ 950 por hora (o preço varia de acordo com a temporada) para grupos de até 10 pessoas. Você pode ter todas as informações clicando AQUI. O seu agente de viagens também pode contratar diretamente com a Disney.
  • Para a Universal, eles oferecem um serviço chamado VIP Tour Experience, com preço individual a partir de US$ 249,99. Você pode obter mais detalhes visitando a página do serviço clicando AQUI. Igual ao caso anterior, caso seja de sua vontade, busque o auxílio de seu agente de viagem para a contratação do serviço.

Guiamento Virtual… aqui a coisa pega…

 

Em outubro de 2021, a Disney inovou na gestão das filas com o lançamento do Genie+, um serviço integrado ao aplicativo My Disney Experience. Este substituiu o antigo FastPass+ e introduziu uma faixa de preço variável entre US$ 15 e US$ 39, dependendo da demanda e da época do ano, marcando uma nova era na experiência dos parques.

A adaptação ao Genie+ não foi simples. O serviço exigia um planejamento detalhado e um entendimento mais aprofundado de suas funcionalidades, o que acabou incentivando a proliferação de um novo serviço no mercado: o guiamento virtual. Prometendo facilitar o processo de reserva de atrações, esse serviço passou a ser oferecido por muitos, com preços médios em torno de US$ 200 por dia. No entanto, a qualidade do serviço variava significativamente, com uma distinção clara entre profissionais qualificados e amadores que se aventuravam no campo.

No fim de junho de 2024, mais uma vez a Disney revisou seu sistema de gestão de filas, alterando nomenclaturas, regras de uso e incluindo a possibilidade de agendamentos prévios.

Desde o início do guiamento virtual, sempre mantive uma postura contrária quanto à sua recomendação.

Permita-me detalhar os motivos:

 

PRIMEIRO: Esse não é um serviço formalmente reconhecido.

O guiamento virtual opera em uma área marginal. Sem autorização formal da Disney, esse serviço se encontra em uma área suspensa e cinzenta. Isso é crucial porque ele viola a mesma exigência aplicada aos guias presenciais: a necessidade de uma permissão oficial. A ausência de um vínculo formal permite à Disney alterar as regras sem notificação prévia, afetando diretamente a eficácia dos serviços já contratados. O risco reside, principalmente, com o consumidor final, que pode estar comprando um serviço que, por conta de uma mudança de regras da Disney, pode deixar de ser necessário.

IMPORTANTE: você, como consumidor final, não pode deixar de exigir que o prestador de serviço mostre todas as autorizações necessárias para exercer o trabalho proposto.

 

SEGUNDO: A necessidade versus comodidade…

Embora o Genie+ (ou o novo sistema de filas) seja útil, especialmente no Magic Kingdom e no Disney’s Hollywood Studios, ele não é essencial para uma boa experiência nos parques. Estratégias simples, como chegar cedo e seguir um roteiro pré-planejado, podem ser tão eficazes quanto. Portanto, desconfie de quem afirma que sem esse sistema sua visita estará comprometida.

 

TERCEIRO: Licenciamento é essencial…

Qualquer serviço que envolva planos de viagem na Flórida e uma execução (mesmo que virtual) em um de nossos parques,  deve cumprir com as leis locais, incluindo a licença “Seller of Travel”. Isso garante sua segurança e proteção legal. Confirme sempre se o fornecedor possui as licenças necessárias antes de contratar um serviço.

Sim, mesmo que o serviço seja virtual, ele está acontecendo dentro de um parque instalado NA FLÓRIDA. Isso é lei aqui.

Para quem está em dúvida, em um questionamento direto à Secretaria que administra as licenças, recebi a seguinte resposta: “Se um indivíduo ou empresa com sede fora dos Estados Unidos estiver cobrando por um serviço que envolva planos de viagem ou reservas dentro da Flórida, ele deverá cumprir os regulamentos da Flórida, incluindo a obtenção das licenças necessárias. Isso é para garantir a proteção do consumidor e o cumprimento das leis estaduais.

Sendo assim, PARA A SUA SEGURANÇA: não fique inibido(a) e solicite ao provedor do guiamento virtual a licença “Seller of Travel” da Flórida.

Para as regras do estado da Flórida, clique AQUI.

 

QUARTO: Méritos devidos…

Os benefícios de economia de tempo proporcionados pelo Genie+ (e o sistema que o está substituindo) são devidos ao sistema criado pela Disney, não à habilidade individual dos guias. Valorize os serviços pela qualidade do atendimento e dedicação à sua experiência, não pela simples utilização de uma ferramenta fornecida por terceiros.

 

QUINTO: Profissionais versus amadores.

A proliferação de guiadores virtuais trouxe consigo uma infeliz abundância de amadores. PARA QUALQUER SERVIÇO DE VIAGEM, SEJA NO BRASIL OU AQUI NOS EUA: opte sempre por agentes de viagens com treinamento adequado, estrutura e licenças para prestar um serviço correto e seguro.

 

SEXTO: Respeito aos termos de uso…

Ao usar o aplicativo My Disney Experience, você está vinculado aos seus termos, que incluem não compartilhar o acesso ao seu perfil. Provedores de serviço que solicitam acesso ao seu perfil estão violando essas condições.

 

SÉTIMO: A questão ética…

É injusto e eticamente questionável cobrar altos valores por um serviço que sugere ser indispensável para uma boa experiência no parque, especialmente quando baseado na utilização de recursos de terceiros (usando, sem autorização, um sistema da Disney).

 

OITAVO: Existem outras opções? Sim!

O grande “segredo” está na combinação do Genie+(ou seu substituto) com um bom roteiro. Esse roteiro pode ser preparado por você mesma (a) com o devido tempo e pesquisa – existem diferentes websites que informam gratuitamente as estratégias e roteiros de visita. Eu mesmo estou na fase final de preparo e teste das estratégias para todos os parques Disney – e distribuirei gratuitamente.

Além disso, existem serviços que fornecem roteiros especiais por preço muito, mas muito menores do que estão sendo cobrados:

– O TouringPlans, empresa que é conhecida e com muito tempo de operação, cobra uma anuidade de menos de US$25 e fornece mais de 100 roteiros especiais. Você pode acessar o website clicando AQUI. E já deixo claro: não tenho qualquer afiliação ou contato com eles.

Pense bem sobre os valores envolvidos…

CONCLUSÃO

 

Sobre os guias presenciais: as regras são claras, não busque o serviço de terceiros. Se você precisa de um guia no parque, utilize apenas o serviço oficial.

Sobre o guiamento virtual: as dificuldades iniciais no uso do sistema de filas expressas da Disney podem assustar, mas muita gente (a grande maioria) pode dominar o sistema com preparo prévio e um pouco de tempo. Não há obrigatoriedade de optar por esse sistema e, muito menos, de contratar o guiamento virtual. É uma opção de comodidade. Mas caso você opte por isso, busque um agente de viagem credenciado, com estrutura e treinamento, licença para atuar na Flórida e que não esteja utilizando um sistema sem a devida autorização – as licenças e as autorizações, PARA SUA SEGURANÇA, tem que ser mostradas.

REPETINDO: Não estou aqui para julgar ou acusar, mas devo sim INFORMAR – com essas informações VOCÊ passa a decidir e optar. É o SEU DINHEIRO e a SUA VIAGEM!

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